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A Era de Ouro: uma história de autoajuda

Estreou este ano nos cinemas o filme A Era de Ouro, sobre Neil Bogart, fundador da Casablanca Records.


O roteiro assinado por Timothy Scott Bogart, filho de Neil, tem seu foco exclusivo na vida de seu pai, faltando explorar um pouco mais a mesma, o que deixou a história confusa a quem tem o seu primeiro contato.


A difícil infância de Neil, os problemas com seu pai e todas as dificuldades enfrentadas pelo empresário mais reforçava a visão de autoajuda que o filme passava, tudo isso acompanhado de Bogart sempre dizendo frases como “não pare de sonhar”. Mesmo sendo algo que pudesse ser uma realidade o cuidado para não desviar o foco do história deveria ser fundamental.


Embora a vida e carreira de Bogart fosse a protagonista, não explorar o mínimo da cena musical da época seria algo inevitável, além de essencial, o que, novamente, passou desapercebido pelo roteirista.


Outro ponto pouco explorado foi a produção dos principais artistas citados no longa-metragem. No caso do Kiss, a escolha dos atores poderia ser melhor. Apesar de haver bastante semelhança com a banda original, em diversas aparições parecia um cover, chegando mais próximo dos músicos reais quando a interpretam Beth para um estádio lotado.


O filme não foi de todo ruim. A história da música Beth, composta por Peter Criss, Bob Ezrin, Stan Penridge que falava sobre a relação do empresário com sua esposa foi muito bem contada e interpretada pelos atores.


Por fim, pode-se dizer que A Era de Ouro está mais para uma fábula, tendo a sua “moral da história” o “nunca desista de seus sonhos”, do que a vida e obra de um executivo de gravadora e produtor de grandes artistas.


Mesmo com todos os defeitos, é um filme para quem se interessa pela história da música. Curiosos que, porventura, venham se aventurar com filme, terão uma decepção garantida.




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