Monsters of Rock 2023 - Cobertura da sétima edição do festival - parte 01
- Antonella Lizzy

- 27 de abr. de 2023
- 4 min de leitura
Atualizado: 24 de ago. de 2023
A sétima edição do Monsters of Rock ocorreu no último sábado no Allianz Parque em São Paulo. O tão aguardado retorno do festival às terras brasileiras teve uma estimativa de 50 mil pessoas e trouxe 7 bandas que se revezaram no palco durante 11 horas e 30 minutos de apresentações, sendo elas Doro, Simphony X, Candlemass, Helloween, Deep Purple, Scorpions e, o tão aguardado, Kiss.
Doro
Abrindo as apresentações, a cantora alemã Doro Pesch chegou com sua banda formada pelo baterista Johnny Dee, o baixista Stefan Herkenhoff e os guitarristas Bas Maas e Bill Hudson, sendo este último convidado minutos antes da apresentação por Tatola Godas e Walcir Chalas para uma rápida entrevista sobre sua carreira.
Para aquecer a ensolarada manhã de sábado, a rainha do metal optou por começar com Rule the Ruins, Earthshaker Rock e Burning the Witches, todas de sua antiga banda Warlock, assim como boa parte de seu repertório, algo já esperado por conhecedores de sua carreira solo.
Raise Your Fist in the Air, Revenge e All for Metal as únicas de sua carreira solo, foram tocadas em momentos distintos, mas sem despertar muitas reações, sendo a última canção mencionada presente em seu último trabalho Forever Warriors, Forever United (tendo a capa como pano de fundo do palco) entrou no setlist como um bis, logo após All We Are, fechando a apresentação.
Um destaque especial deste show é para Bill Hudson, que apresentou toda sua técnica com leveza e naturalidade.
Setlist
Symphony X
Às 12h30 em ponto, foi a vez do Symphony X subir ao palco. Se deparando com um estádio um pouco mais cheio e sob um forte calor, a banda apresentou um setlist bastante focado em seu último trabalho Underworld (quatro das sete músicas do repertório), sendo este um dos prováveis erros ocorridos naquela tarde. Embora seja considerado um grupo de Prog Metal, a banda já experimentou outros estilos ao longo de sua discografia e faltou explorar mais outras fases da banda, algo que, possivelmente agradaria mais o público.
Mas os erros não pararam por aí. Antes do grupo subir ao palco já era possível notar que algo estava dando errado em relação ao som e durante a apresentação, chiados vindos de uma base pré gravada eram ouvidos assim como a guitarra embolada de Romeo mostram que os problemas não foram resolvidos; mas algo deixou Russell Allen um tanto quanto estressado: pouco segundos ao iniciar Set the World on Fire um problema de retorno fez com que o vocalista desse uma bronca na equipe responsável, chegando a jogar o pedestal no fundo do palco.
Infelizmente erros pontuais prejudicaram a apresentação do Symphony X, e mesmo com a banda tentando puxar reações mais calorosas da plateia isso não foi possível naquele início de tarde do outono paulistano. Definitivamente, não foi um bom dia para a banda!
Setlist
Candlemass
A banda escalada para substituir os lendários ingleses do Saxon, algo não muito bem recebido nas redes sociais do festival, teria uma difícil missão pela frente: agradar os fãs de Scorpions, Kiss e Helloween (e até do próprio Saxon, por que não?!). Com sua longa carreira iniciada em meados dos anos 80, um dos percursores do Doom Metal subiram ao palco após a tradicional abertura de seus shows: Marche Fúnebre, de Chopin, e que faz parte do disco Nightfall (1987).Aos poucos a banda foi subindo ao palco, sendo Leif Edling o primeiro a iniciar o ato.
Como o assunto era som pesado, a escolhida para começar os trabalhos Mirror Mirror, do Ancient Dreams (1988), o único disco do grupo a estar nos top 200 da Billboard e já engatando em Bewitched do Nightfall, dupla que agradou a plateia presente no Allianz.
Embora a banda já tivesse treze discos de estúdio lançados, seu repertório foi baseado nos dois primeiros, os mais famosos do grupo, e muito bem interpretado johan Längqvist, atual vocalista e que emprestou sua voz para gravar o Epicus Doomicus Metallicus, quando ainda não era membro oficial da banda e não fazia apresentações ao vivo.
Sem decepcionar os amantes de Messiah Marcolin, Längqvist interpretou as faixas The Well of Souls e Dark are the Veils of Death, com maestria, fazendo jus ao lendário vocalista.
Sobre o guitarrista Lars Johansson, o mesmo não veio ao Brasil, sendo substituído por Fredrik Åkesson (atualmento no Opeth). Uma ótima substituição. Manteve o peso das guitarras, sem causar estranheza aos presentes.
A aprovação da banda foi ótima por parte do público. Quem conheceu a banda naquele sábado acabou se surpreendendo com os “substitutos do Saxon”, e que já os conhecia, era nítida a emoção de poder vê-los (ou revê-los) no palco.
Foi uma escolha ousada para substituir o icônico Saxon, mas o tiro foi certeiro!
Setlist
Clique aqui para a segunda parte da matéria com Helloween, Deep Purple, Scorpions e Kiss.




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